Nosso ultimo encontro partiu meu coração
Seu rosto molhado da chuva
Com o corpo todo suado
Correu muito para chegar a tempo
Seu beijo úmido, salgado envolveu meus lábios
Nossa última briga
Tudo parecia ter acabado
De repente você ali novamente
Pedindo para eu voltar pra nossa cama
Me envolvendo em seus braços,
Que jamais seriam apenas meus
As roupas ficaram no chão
As panelas na pia
A tv ligada
E a janela aberta, apenas abrigava, mais uma vez
O mar de lágrimas que eu chorei
Te dei tudo que você queria de mim
Mas eu nunca tive você
E qual a razão dessa loucura toda?
Por que correr tanto se não sente ao menos o vento
Que secaram meus mares de saudade ?
Se nunca vai chegar a tempo de dizer o que sempre eu quis ouvir ?
Nunca disse ... nunca ficou ... nunca esteve lá ...
Por isso fui embora ...
Porque correu descalço pelo asfalto frio de inverno?
Como me ouvir se a voz dela sempre ecoava mais forte do outro lado da porta?
Pedindo mais uma vez para você ficar, não jogar seu passado fora
Sempre chamou seu nome e você sempre esteve lá
E eu bobo nunca ouvi, ou não quis ouvir ...
E você entrou mais uma vez na outra porta ...
Mas agora essa porta aqui está fechada
Não vou deixar você entrar novamente na minha vida
Hoje ouço muito bem esse som, essa voz
Ela sim, tem a única coisa que eu sempre quis
Seu coração, e uma vida a seu lado ...
E nós o que temos? Um presente rápido e um futuro incerto ?
Não posso mais esperar você escolher ficar ...
Meu coração te chamou baixo, quase como um suspiro
Por estar sufocado, por te amar mais que a ele mesmo,
Por você ser o ar que ele respira, por ser a razão dele pulsar
E ele morreu hoje, quando me deixou sair por aquela porta
E ficou nos degraus da escada, durante minha partida,
Entre minhas lágrimas, saudades, lamentos
E aquela dor misturada com a senssão de nunca mais vê-lo
Não posso viver metade de um amor
Te queria completo, como me entreguei a você
Porque quero alguém completo
Como nossa relação nunca foi ...
Como você nunca esteve aqui, ao meu lado.
Amo você com todas as forças que regem meu ser,
Mas não pude ficar ...
Carvalho, Luciano G - 02/03/2012