Resolveu andar, andou, andou ...
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Um pé após o outro, formaram passos, pegadas na areia
Cicatrizes na areia que se vão, quando o mar as reclama
Pegadas de uma vida que anda agora sola
A areia, uma praia, a solidão, a ausência, o cansaço
Havia uma pedra no caminho, sentou-se, pensou, pensou ...
Descobriu ali, o marco, a divisória e a escolha de seguir ...
A pedra entre o início e o fim da praia
O limite divisório, a linha entre nós
A brisa do mar bateu no seu rosto,
Em sua face, a desilusão
No seu peito, bate a ausência da essência de sua vida
Um filete de saudade desce entre suas expressões cansadas
Precipita do rosto e repousa sobre a areia,
Que a guarda aquela lágrima para presentear o mar
Com uma gota de saudade, do amor que não cessou, da paixão ainda súplica
Mais uma gota para um mar de lágrimas, de antigas alegrias e presentes nostalgias
A decisão, a confusão, o desatino
O fim da razão, o fim da renuncia
O inicio da viagem, o fim da jornada
A concessão das terras inóspitas e áridas do coração
O mar que recebe ...
Andou, produziu pegadas e guardou suas marcas
Andou por sobre as velhas cicatrizes, marcas conhecidas
As ondas bateram devagar agora
Absolveu suas faltas, seus erros
Aceitou sua renúncia
E o recebeu.
[Carvalho, Luciano] - 24/07/2010 - 12:21

Um comentário:
Muito bom rapaz!!! Que evolução. Parabéns.
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